Maior presídio nova iorquino, Rikers Island deverá se transformar em um grande centro de geração de energia verde.
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A prisão de Rikers Island foi aberta em 1932 como um centro de detenção temporário para pessoas que esperam julgamento e para condenados que cumprem uma sentença curta. Atualmente é composta por dez prédios e ocupa uma área de mais de 1600 quilômetros quadrados, com capacidade para abrigar até 14.000 presos.
A ideia é transformar o principal complexo prisional da cidade em um ponto de infraestrutura verde que pode beneficiar todos os nova-iorquinos. O desenvolvimento de energia renovável será suficiente para abastecer até 45.000 residências. Além disso, o tratamento de águas residuais e infraestrutura de reciclagem em Rikers poderá reduzir o transbordamento de esgoto e a poluição do ar em seu entorno.
O plano para a renovação da colônia penal é um investimento importante para Nova York atingir suas ambiciosas metas de descarbonização. Além de eliminar gradualmente a infraestrutura poluidora nas proximidades do presídio, um instituto de pesquisa e treinamento permitirá que as comunidades locais obtenham educação sobre ecologia, usando a ilha como um campo de testes para abordagens pedagógicas inovadoras.
A oportunidade de usar um local que carrega uma história tão pesada, como a da prisão de Rikers Island, em benefício de comunidades que sofreram o peso da criminalização em massa, a destruição ambiental e a falta de investimentos em infra estrutura é realmente extraordinária.
Aqui no Brasil temos o exemplo do Parque da Juventude, na zona norte de São Paulo, construído no espaço que um dia abrigou um dos maiores complexos penitenciários do país, o Carandiru. O parque inaugurado em 2003 é a prova de que é possível ressignificar lugares marcados por violência com iniciativas positivas.